segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

As Belas Artes - R. Jolivet


As Belas Artes


            Considerando o objeto próprio de cada uma das belas-artes, obtém-se a seguinte divisão:

1)   O grupo das artes plásticas

As artes plásticas são as que utilizam as formas sensíveis compactas e sólidas e produzem as obras imóveis. Este grupo compreende:

a)    A arquitetura, que atinge a beleza pelo equilíbrio e as proporções agradáveis das massas pesadas que ela utiliza.

b)    A escultura,  que atinge à beleza pela perfeição com a qual chega a expressar as atitudes e os sentimentos das formas vivas, e particularmente do homem. Ela pode exprimir o movimento, mas fixando em um de seus momentos.

c)    A pintura, que visa exprimir pelo jogo de cores, as relações das formas sensíveis entre si. A pintura pode obter por seus próprios meios, certos efeitos que envolvem a arquitetura ou a escultura. Ela consegue, em particular, fixar de uma maneira mais suave do que a escultura, e até em suas variações mais úteis, as expressões da face.

2)   O grupo das artes em movimento
As artes deste grupo (música, dança e poesia) produzem obras que são essencialmente móveis, situadas no tempo.
a)    A música: A arte musical comporta, como elementos constitutivos, o ritmo, elemento fundamental, resultante da desigualdade dos tempos,  a melodia, que se origina no acento, e surge diretamente da linguagem, espécie de canto, a harmonia, fundada na simultaneidade de melodias.

b)    A coreografia:  A arte da dança tem alguma coisa de mista, pois a dança participa da escultura pelas atitudes de movimento que põe em jogo , da arquitetura pelos equilíbrios de grupos, que realiza, da música de que toma o ritmo próprio, dando-lhe uma espécie de tradução plástica.

c)    A poesia: O que se chama arte literária é alguma coisa de complexo, que oscila entre a expressão das ideias abstratas e poesia, que é uma das belas artes. A poesia pode tender como a pintura, a descrever formas sensíveis. Ela possui seu encanto próprio, devido ao ritmo mais ou menos suave e harmonioso que dirige o desenrolar do discurso verbal e que é, quando não independente do sentido, ao menos outra coisa diferente do sentido das palavras.







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