Arte
Por
Gabriel Chalita
A
palavra arte deriva do latim ars,
que, por sua vez, traduz o termo te grego téchné,
significando um certo “saber fazer” e, especialmente, “um saber produzir algo de acordo com certos métodos ou
modelos”. Da noção grega de téchné
deriva a palavra técnica e o conceito atual de conhecimento técnico.
Em
nossa língua é possível usar o termo em vários sentidos. É frequente falarmos
da arte de cozinhar, da arte de curar, da arte de construir casas,
referindo-nos a cozinheiros, médicos e pedreiros como detentores de uma arte.
Nesse sentido, arte significa “determinada técnica para fazer ou produzir
alguma coisa”, supondo o exercício de uma habilidade adquirida pela experiência
e fundada num determinado conhecimento.
Mas
falamos também de belas artes e, nesse caso, tomamos a palavra em sentido estético,
referindo-nos às “obras realizadas pela inspiração e pelo gênio artista”. É
nesse sentido que chamamos artistas aos escultores, pintores, músicos e
bailarinos, por exemplo.
Essa
simultânea dualidade e unidade de significado do termo surge na Grécia e
mantém-se em nossos dias. Apenas no século XVIII a palavra arte passou a
designar também a atividade humana que visa a produção de obras belas.
Através
da história da filosofia, a arte foi sendo definida como:
·
Imitação
ou mimese (com Platão e Aristóteles);
·
Criação,
produção a partir do próprio artista e dos elementos que utiliza (com os
românticos e simbolistas);
·
Expressão
do mundo e do homem a partir das representações do artista;
· Comunicação, por
meio de determinados processos ou sinais significativos de determinas mensagens
ou da simples vontade de comunicar (com os estruturalistas);
Exteriorização
no sensível e por meio dele, do espírito absoluto (Com Hegel);
·
Produção
social, ao nível das infraestruturas de ordem social e econômica
(com Marx);
·
Sublimação
da libido (com Freud e seus seguidores);
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